segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Rancor que precede a esperança

Angustiante ver que nada dá certo.
Nenhuma vez.
Você já não aguenta mais,
Até gritar já não adianta.

A raiva domina sua mente,
Mas ainda não o seu corpo.
Tudo que você constrói
Se desfaz com uma mera brisa.

Todos que fazem parte do seu mundo
Não sabem o que fazer para te resgatar.
É, talvez isso seja mesmo impossível.
Aquela raiva já se transformara em amargura.

Sua cara está virada para o mundo,
Sua alegria dissipada em milhões de momentos,
Porém, vários deles já se passaram.
Não lhe resta quase nada.

Você começa a não pensar mais de duas vezes.
Tudo o que vier e como vier será perfeito.
O prazer de ver como o mundo se esvai, aumenta.
Esvai em sonhos, em lembranças, em palavras.

Cada rosto conhecido vaga lentamente diante de seus olhos.
Não existe ação, não existe pesar.
Indiferença é o que você sente pelo mundo.

Não!

A verdade é que o mundo sente indiferença por você.
Pessoas que só sabem contestar, põem defeito em tudo,
Que não sabem valorizar cada dia com sua beleza exclusiva.
O ser humano consegue ser tão repugnante.

E então? Algum motivo faria alguém querer isso?
Essa dissenção? Esse mundo?
Não, acho que não.
Mas na minha opinião, sim.

Como eu gosto de discordar do que me parece errado,
Do que nunca se reverteria em amor.
Nada melhor do que você mostrar que é diferente,
Que tem força para refutar as futilidades desse planeta.

Nada melhor do que sentimentos puros, de amizade ou de amor.
Cada rosto não precisa ser apenas mais um.
Cada um com sua destreza, sutileza, com seu carisma, com seu encanto.
Ser capaz de passar por cima de tudo por uma única pessoa.

Belo, você saber que por mais que inconformadas sejam as pessoas ao seu redor,
Cada uma se destaca na sua vida por uma delimitada característica.
Um gesto, talvez.

E a única maneira de não ser mais um,
É ser você,
É ver a vida com os seus olhos,
É aprender a fazer por você mesmo.


Melissa Mendonça M. Braga

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