quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Jogo da vida

Ser vivo, nascer, respirar, ter um caminho pela frente a trilha.
Vida que nos leva e nos traz de volta, fere e faz sorrir.
Incessantemente, procuramos por aquilo que nos completa, encontrado por uns, esquecido por outros.
Persistir e desistir, esquecer e lembrar, perder e achar, amar e sofrer, é tão fácil apenas ceder.
Os erros tentam dominar a estrada da vida, e as suas conquistas do dia-a-dia são as únicas que o fazem resistir.
Sob um céu estrelado, nos dispomos à pensar. Luz da lua ascende idéias.
A lembrança de um beijo faz crescer a saudade, mas hoje é o seu agora, lembrança é passado, dificilmente este o voltará.
Amor, sentir um coração bater a distância, lembrar de ouvir uma voz gritante por um afago, lágrimas inevitáveis, sentido ao "para sempre".
Rancor, agonia em ser apenas um, não poder mudar o mundo, suportar o incômodo de outros, obrigação em se controlar.
Ah, vida! Não há nada nela que não precisemos saber, cada dia e cada hora é tempo de aprender.
Não tenha medo de amar, este é o sentimento mais puro e nobre que existe na vida. Muitas vezes irá se decepcionar, mas não leve consigo o medo de errar. Passará por tantas conturbações que pensará não ter saída, mas lembre-se que até o perfeito não chega à perfeição.
O jogo da vida é um jogo de contrários, mostre-se forte diante dos problemas que, estes, fracos se tornarão.
Fechar os olhos e esperar que tudo mude, se realize, não é um passe adiante. Força, precisará dela se quiser passar para a próxima fase.
Vá atrás de seus sonhos, carregue no coração as pessoas que ama, nem sempre estas podem te acompanhar.
Seja rápido em suas decisões, porém, não menos cuidadoso, o tempo não é o mesmo para todos.
Chore, reclame, mas não perca seu tempo com isso, priorize os sorrisos, os abraços, todos estes farão parte do jogo.
Ande, corra, energize-se, não esqueça de sempre ser você, agradeça por cada dia, mesmo que um deles não lhe tenha agradado.
Aprenda o máximo, cresça e seja amável até com seus inimigos, não irá querer se parecer com eles, certo?
Resete e recomece o jogo quantas vezes forem preciso, o jogo da vida só termina uma vez, e quando a fase final tiver chegado, ninguém mais poderá recomeçar.
A energia acabou, as luzes vão se apagando, conseguirá lembrar de tudo o que lhe fez bem, os rostos de cada um por quem passou, flashes e flashes. É tão injusta a maneira como esse tesouro nos é tirado. O último suspiro trará o silêncio, terá descoberto, então, se sua vida valeu à pena.


Melissa Mendonça M. Braga

Dom de sentir

Dom de sentir o som
Dom de sentir a música
Sentir a letra, a palavra
Sentir o jogo a cada rodada(virada).

Sente o medo, converte em dor
Sente saudade em forma de ardor
Resiste à chama, afasta o terror
Quer distância apenas do amor.

Sente a real inspiração de confusão à explicação
Dom de ser poesia, a música
Falar através de instrumentos
Que esta é apenas a única.

Dom de sentir o dom
Sentir que é capaz de tocar o intocável
Ser adorável em resistir ao coração
Já que este é o seu verdadeiro e único dom.


Melissa Mendonça M. Braga

Repression

Sentir o que a escuridão traz
É suficiente para pairar o silêncio
Perder o controle é mudar o rumo da razão
Esqueça-se de desaparecer e se partirá em inquietação.

Seguindo a intuição, as linhas se reencontram
Os segredos, o inútil, tornam-se lágrimas
A saída procurada se desfaz em agonia
O fogo reluzente é apagado com cuspe.

Lembrar de esquecer pode te salvar
Crescer afogado em mentiras
Ampara a vergonha de ser ninguém
Confusão é apenas conseqüência do errado.
 
Dificilmente o desejo de solução
Muda o incerto dentro do que é real
Segure o que te faz bem antes de reparar erros
A água da chuva também escorre pelo bueiro.

Continue a caminhar pelo campo do prazer
Que a luz e a magia irão desaparecer
Poder em ser corpo vivo, sentido bivalente
Imaginar o jeito certo não realiza sonho, gente! 


Melissa Mendonça M. Braga

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Rancor que precede a esperança

Angustiante ver que nada dá certo.
Nenhuma vez.
Você já não aguenta mais,
Até gritar já não adianta.

A raiva domina sua mente,
Mas ainda não o seu corpo.
Tudo que você constrói
Se desfaz com uma mera brisa.

Todos que fazem parte do seu mundo
Não sabem o que fazer para te resgatar.
É, talvez isso seja mesmo impossível.
Aquela raiva já se transformara em amargura.

Sua cara está virada para o mundo,
Sua alegria dissipada em milhões de momentos,
Porém, vários deles já se passaram.
Não lhe resta quase nada.

Você começa a não pensar mais de duas vezes.
Tudo o que vier e como vier será perfeito.
O prazer de ver como o mundo se esvai, aumenta.
Esvai em sonhos, em lembranças, em palavras.

Cada rosto conhecido vaga lentamente diante de seus olhos.
Não existe ação, não existe pesar.
Indiferença é o que você sente pelo mundo.

Não!

A verdade é que o mundo sente indiferença por você.
Pessoas que só sabem contestar, põem defeito em tudo,
Que não sabem valorizar cada dia com sua beleza exclusiva.
O ser humano consegue ser tão repugnante.

E então? Algum motivo faria alguém querer isso?
Essa dissenção? Esse mundo?
Não, acho que não.
Mas na minha opinião, sim.

Como eu gosto de discordar do que me parece errado,
Do que nunca se reverteria em amor.
Nada melhor do que você mostrar que é diferente,
Que tem força para refutar as futilidades desse planeta.

Nada melhor do que sentimentos puros, de amizade ou de amor.
Cada rosto não precisa ser apenas mais um.
Cada um com sua destreza, sutileza, com seu carisma, com seu encanto.
Ser capaz de passar por cima de tudo por uma única pessoa.

Belo, você saber que por mais que inconformadas sejam as pessoas ao seu redor,
Cada uma se destaca na sua vida por uma delimitada característica.
Um gesto, talvez.

E a única maneira de não ser mais um,
É ser você,
É ver a vida com os seus olhos,
É aprender a fazer por você mesmo.


Melissa Mendonça M. Braga

sábado, 1 de novembro de 2008

Falta-me você


Tanta falta me faz
Ouvir a tua voz
Que retine como o vento
Sobre as águas de uma foz.

Tanta falta me faz
Estar entre seus braços,
Sentir o teu carinho
Transpassando por meus traços.

Tanta falta me faz
Os seus olhos a procurarem os meus
E quando teimavam em desviá-los
Os teus, delicadamente, os encontravam.

Tanta falta me faz
O teu sorriso ao me ver,
Tão instantâneo e sutil
Fazendo-me o querer.

Tanta falta me faz
Ouvir teu coração bater,
Acelerados batimentos
Que percorrem ao me ter.

Tanta falta me faz
Respirar o teu perfume,
Tanta falta me faz
Você.




Melissa Mendonça M. Braga