Gosto dos sentimentos, gosto de intensidades, gosto do romantismo, do cavalheirismo, da educação, da pureza, da inocência, gosto da naturalidade, gosto de coisas simples, gosto de tantas coisas. E gosto do amor. Gosto muito de amar o amor. Não tenho vergonha, não me importo em parecer brega, nem de ser careta. Acredito no melhor das pessoas e gosto de ainda ter essa capacidade de ingenuidade, há tanto tempo perdida. Ou talvez nunca tenha passado de um mito. Se for assim, me sinto melhor ainda. Isso faz com que eu me sinta única, de um valor irrefutável. Ou talvez uma boba, que acredita em contos de fadas. Não gosto de desistir das pessoas, mesmo que isso traga sofrimento. Gosto de tentar fazer com que os outros enxerguem tudo o que é bonito em essência. Gosto da bondade, da humildade, da integridade, da generosidade. Não gosto do ser humano, mas reconheço que essas são características qualitativas provenientes dele. Gosto das palavras, da escrita, da leitura, do conhecimento social psicológico e introspectivo. Gosto de estar em casa, em família. Gosto de estar com os amigos e, às vezes, sozinha. Mas gosto mesmo é de ter companhia. Gosto de ouvir música, de ver o sol nascer e de vê-lo se pôr. Gosto da noite, da madrugada, do silêncio. Gosto do sol da manhã ao tocar a pele e do frescor da água do mar ao tocar os pés. Gosto de viajar, gosto de férias. Gosto de artes e de bom senso. Gosto de conhecer coisas e pessoas novas. Gosto de me envolver, de receber e dar atenção, de me sentir e de ser importante para alguém. E de poder cuidar de alguém. Gosto de ecologia e ambientalismo, gosto de sustentabilidade. Gosto da coragem e da iniciativa, embora eu nem sempre as tenha. Sou adepta da sinceridade e da honestidade em quaisquer situações. Não gosto de pedir, de receber, nem de dar satisfação. Não gosto de cobrar. Existe uma coisa chamada livre arbítrio. E eu gosto do respeito. Não me importo com o que vão pensar de mim, e isso não é ser revoltadinha. Mas só eu sei o que eu faço ou o que eu deixo de fazer, não preciso provar nada para ninguém, nem convencer ninguém de nada. Não tenho medo de me expressar, de falar de mim. Aliás, gosto muito de me expressar. Autoconhecimento. E gosto de deixar que me conheçam. Gosto de ser transparente, de servir de bom exemplo e de ser admirada por ser quem sou. Tenho meus princípios e minhas teorias, mas sempre escuto o que os outros têm a dizer. Absorvo tudo o que me parece enriquecedor, mas como qualquer imperfeito ser humano, às vezes, atenho-me ao que não devo, ao improdutivo. Tenho plena certeza de que são poucas as pessoas que sabem alguma coisa de verdade. E tenho certeza de que algumas fazem questão de querer parecer ser a parte negativa do que é ser ser humano. Não tenho medo de ser magoada, nem de magoar os outros. Mas isso não quer dizer que eu goste de magoar ou de ser magoada. É só que eu aprendi a ser forte, e espero que os outros também tenham aprendido, se não aprenderam, espero que aprendam. Superação. Medo de sentir não leva ninguém a lugar algum. Gosto de detalhes, sorrisos e olhares. Gosto de observar, prestar atenção. Gosto de caráter, de abraço, de carinho. Gosto de sentir o calor quando está frio. E de tocar o rosto quando gosto de alguém. Gosto de ser companhia, gosto de ser companheira. Gosto quando as pessoas me dão espaço para eu ser o que eu gosto de ser. Gosto da paciência, da calma e da sensibilidade. Posso errar muito, posso não fazer sempre o melhor que eu sei fazer, posso não me dar o devido valor de vez em quando ou quase sempre, mas eu o reconheço. Não sou a melhor pessoa do mundo, claro. Mas eu tenho orgulho de mim.
Melissa Mendonça M. Braga