quarta-feira, 1 de junho de 2011

autodestruição

o sangue preto em minhas mãos
hoje é do meu coração,
queimado ao tentar ser aquecido.

a ferida em carne viva
como marca de conhecimento
foi deixada em minha testa para ser lida.

o tecido necrosado nos pés
causado pelo esforço em vão
me impede de continuar seguindo.

os arranhões em minha barriga
ganhei de tanto rastejar
por quem não meceria o meu cuidado.

essa doença que me faz e me destrói
desinibida ao se manifestar em meu sistema
é meu único problema não resolvido.



Melissa Mendonça M. Braga